Localização:
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O Egito Antigo, localizado no nordeste da África, se estende ao longo das margens do Rio Nilo, em uma região desértica. O ciclo das cheias do Nilo, causado pelo derretimento das neves no interior africano, é fundamental para a fertilização das terras, uma vez que é carregava o húmus, essencial para a agricultura.
Origens Históricas
A história do Egito Antigo não foi marcada por migrações periódicas. No Paleolítico, o norte da África era coberto por florestas tropicais, habitadas por tribos de caçadores e coletores. O Vale do Nilo, inicialmente devastado pelas cheias do rio e repleto de animais selvagens, passou por grandes transformações. Com a glaciação mais recente, a região deixou de ser uma floresta, tornando-se uma estepe, e posteriormente um deserto. Durante esse processo, as populações nômades migraram para os lagos e para as margens do Nilo. Quando esses lagos secaram, os grupos humanos se estabeleceram no Vale do Nilo, onde passaram a dominar a natureza. Surgiram então vários pequenos reinos, conhecidos como nomos, cada um liderado por uma nomarca.
Evolução Política:
Com o tempo, os nomos do Egito se uniram, por alianças ou guerra, formando dois grandes reinos: o Alto Egito, ao sul, e o Baixo Egito, ao norte. Menés, uma nomarca do sul, conquistou o norte e se tornou o primeiro faraó, instaurando uma teocracia no Egito Antigo.
O Império Antigo (3.200 a.C a 2052 a.C.)
Durante o Império Antigo, o Egito alcançou grande esplendor. Foram realizadas obras de intervenção no Rio Nilo, e grandes construções, como as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos. No entanto, o poder do faraó começou a enfraquecer, com antigas nomarcas assumindo posições de poder por volta de 2400 a.C.
O Império Médio (2052 a.C. – 1580 a.C.)
O Médio Império marcou a restauração do poder do faraó, com a cidade de Tebas se tornando o centro mais importante do Egito. Nesse período, o Egito expandiu suas atividades comerciais e militares. Durante esse tempo, os Hicsos invadiram o Vale do Nilo em 1650 a.C., mas foram expulsos em 1580 a.C., os hebreus também chegaram ao Egito (cerca de 1800 a.C.) aliando-se aos Hicsos o que os tornou inimigos dos Egípcios quando esses retomaram o poder em 1580 a.C.
O Império Novo (1580 a.C. – 715 a.C.)
O Novo Império é lembrado pela expulsão de invasores e pela conquista de novos territórios. Faraó Tutmés III alcançou a extensão máxima do império, conquistando regiões como Síria, Israel (Canaã) e Núbia. No entanto, o aumento do poder dos sacerdotes começou a ameaçar a autoridade do faraó. A riqueza e o desenvolvimento do Egito continuaram a crescer até a decadência do império, que começou com Ramsés II e culminou com a invasão dos assírios em 670 a.C. O Egito foi posteriormente dominado pelos persas em 525 a.C., pelos gregos em 332 a.C. e pelos romanos em 30 a.C.
Sociedade Egípcia
A sociedade egípcia era caracterizada por uma estrutura estamental. A posição social era determinada pelo nascimento, com raríssima mobilidade social. O faraó e sua família eram considerados deuses encarnados, enquanto sacerdotes e a nobreza controlavam as terras. Os comerciantes ganharam importância no Médio Império, e os escravos aumentaram com a expansão territorial. A maior parte da população era composta pelos felás, agricultores que trabalhavam nas terras do faraó e dos nobres.
Economia
A economia do Egito era baseada no, chamado, modo de produção asiática, com as terras sendo propriedade do faraó e de sua família. Os felás não possuíam terra e, por isso, pagavam ao faraó pelo uso das terras. A agricultura era a principal atividade econômica, com destaque para a produção de trigo, cevada, algodão, papiro e linho, além do pastoreio de gado, ovinos, cabras e gansos. O uso de técnicas avançadas, como a charrua e o emprego de metais, possibilitou o desenvolvimento agrícola. O Egito também contava com um sistema de impostos, incluindo trabalho compulsório e parte da produção agrícola, e seu comércio era voltado tanto para o mercado interno quanto externo, com destaque para os cereais e produtos artesanais.
Religião
A religião egípcia possuía com uma grande variedade de deuses, ou seja eram politeístas, muitos dos quais tinham características antropomórficas, zoomórficas ou uma combinação de ambos. O culto aos animais, como gatos, crocodilos, íbis, escaravelhos e bois, também era comum. Os egípcios acreditaram na vida após a morte, e a prática da mumificação tinha como objetivo preservar o corpo para a reencarnação. O Livro dos Mortos expressava a crença no julgamento divino após a morte, com a balança da alma sendo uma das imagens mais emblemáticas. Durante o reinado de Amenófis IV (Akenaton), o Egito experimentou uma breve reforma monoteísta, como o culto a Áton, mas o politeísmo foi restaurado pelo sucessor Tutancâmon.
Cultura
A cultura egípcia foi altamente desenvolvida, especialmente nas áreas de arquitetura e engenharia. As pirâmides, por exemplo, são um dos maiores legados dessa civilização. A escrita egípcia, composta por hieróglifos e escrita hierática, também teve um papel central na preservação e transmissão do conhecimento. A mumificação, além de ser uma prática religiosa, também refletiu o avanço dos avanços na preservação do corpo humano.
Mapa Conceitual: Egito Antigo
Localização:
- As margens do Nilo, Nordeste de África;
- Região Desértica;
- Cheias ligadas ao derretimento de neve - interior africano;
- Carrega o Húmus;
Origens Históricas:
- Não foi ocupado por migrações homogêneas;
- Paleolítico - Norte da África coberto por floresta Tropical - Tribos de Caçadores e Coletores;
- Vale do Rio Nilo - Devastado pelas cheias do rio;
- Cheio de animais ferozes;
- Com a glaciação mais recente;
- Deixa de ser uma floresta e torna-se uma estepe;
- Deixa de ser uma estepe e torna-se um deserto;
- Populações nômades migram para os lagos e para as margens do rio Nilo;
- Quando secaram os lagos, migraram para o Vale do Rio Nilo;
- Passaram a dominar a natureza e estabeleceram-se;
- Formação de vários pequenos reinos - conhecidos como nomos - cada qual liderado por um chefe: o nomarca
- Nomos passaram a se unir, formando 2 grandes Reinos;
- Norte- Baixo Egito;
- Sul - Alto Egito;
- Menés - nomarca do sul conquista o Norte
- 1ª Faraó;
- Teocracia
Antigo Império 3.200 a.C a 2052 a.C.:
- Grande esplendor;
- Obras de Drenagem e irrigação;
- Grandes Obras: Construção de Quéops, Quéfren e Miquerinos;
- Enfraquecimento do poder do faraó - antigos nomarcas toma o poder;
- 2400 a.C.
Médio Império 2.052 a.C. a 1.580 a.C.
- Restauração do poder do Faraó;
- Cidade de Tebas - mais importante;
- Expansão Comercial e Militar;
- 1800 a.C. - chegada dos Hebreus no Egito;
- 1650 a.C. Vale do Nilo, invadido e conquistado pelos Hicsos;
- Domínio Estrangeiro;
- 1580 a.C. expulsão dos Hicsos
Novo Império 1.580 a.C. a 715 a.C.
- Invasores foram expulsos;
- Faraó Tutmés III - Máxima extensão:
- Conquistou a Síria, Israel (Canaã) e Núbia;
- Estendeu seus domínios até o Rio Eufrates;
- Aumento do número de escravos;
- Riqueza - desenvolvimento notável;
- Aumento do poder dos Sacerdotes - Ameaçando o poder do Faraó;
- Forte de Ramsés II - início da decadência;
- Invasão dos Assírios - 670 a.C.;
- Depois dominados pelos Persas - 525 a.C. por Cambises;
- Dominados pelos Gregos 332 a.C. por Alexandre Magno;
- Dominados pelos Romanos 30 a.C.;
Sociedade:
- Luta pela posse da terra:
- Possuidores de terras - Protegidos pelos deuses e sacerdotes;
- Força de Trabalho;
- Estamental – posição determinada pelo nascimento, com raríssima mobilidade social;
- Faraó - e sua família - deus encarnado;
- Sacerdotes + Nobreza - Controle das terras;
- Comerciantes - aumento da importância no Médio Império;
- Burocratas - Hierarquia de Escribas - Cobrança de impostos;
- Felás - Agricultor - maioria da população;
- Artesão - Fiscalizados por funcionários especiais
- Escravos - Aumento conforme a expansão territorial;
- Dependentes dos seus senhores - geralmente bem tratados;
Economia:
- Modo de produção asiático
- Terras nas mãos do Faraó (e família) Altos Funcionários e Sacerdotes, felás não tem terra, pagando assim ao dono pelo uso da terra.
- Agropastoril: Trigo, cevada, algodão, papiro e linho/ Gado, ovinos, cabra e ganso:
- Técnicas aperfeiçoadas;
- Charrua, puxada por bois;
- Emprego de metais;
- Diques e canais de irrigação;
- Terras eram propriedade do Faraó - embora a nobreza detivesse parte dela;
- Armazéns guardam a colheita - administradas pelo Estado;
- 2 tipos de impostos: Trabalho Compulsório e parte da produção, justificativa, toda a terra é de propriedade do Faraó;
- Entre Julho a Setembro - Cheias do Rio Nilo - Felás trabalha construindo as obras públicas (terras do Faraó e altos funcionários) ou construindo os tempos (terras dos Sacerdotes)
- Outubro a Junho: vazante do Rio Nilo - Felás - Pratica da agricultura: Semeadura, limpeza das pragas e colheitas.
- Comércio - cereais para fora do Egito e produtos artesanais ao longo do rio;
- Tecelagem, fiação e ourivesaria - desenvolvimento do comercio interno;
Religião:
- Livro dos Mortos e Livro Sagrado que expressa a crença na reencarnação e no julgamento divino por-morte;
- Eram politeístas;
- Cultuados indo de incenso a pratica de sacrifícios de animais;
- Busca de protetores, água, chuva, colheita, plantas, etc.
- Clero - posição economia e social importante:
- Influencia o governo e o povo;
- Antropomórficos, Zoomórficos e Antropozoomorficos além de animistas (sol, lua);
- Culto a alguns animais - Gato, Crocodilos, Íbis, Escaravelho e boi;
- Crença na vida após a morte - interferência na vida;
- Mumificação;
- Julgamento após a morte - Deus Osíris - Balança da Alma;
- Exceção durante a reforma (efêmera) monoteísta de Amenófis IV (Akenaton):
- 1500 a.C. - Monoteísmo, culto a Áton (disco solar);
- Retira o poder dos Sacerdotes - Redistribui suas terras;
- Recria uma nova classe de sacerdotes;
- Cria a cidade de Tell al-Amarna (a morada de Áton) - cidade real;
- Sucessor, Tutancáton reestabelece o politeísmo;
- Muda o nome para Tutancamon;
Cultura:
- Arquitetura e Engenharia desenvolvidas, como por exemplo, na construção da Pirâmides;
- Escrita em forma de Hieróglifos (figuras o símbolos);
- Escrita Hierática;
- Mumificação: preservação do corpo para a reencarnação;
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