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Governo Juscelino Kubitschek

Posse de Juscelino Kubitschek como Presidente da República e de João Goulart como Vice, 1956

O governo de Juscelino Kubitschek foi um marco no desenvolvimento econômico e na modernização do Brasil, mas claro, também marcado com contradições sociais, políticas e econômicas. JK estabeleceu um plano de governo ambicioso com o slogan: “50 anos de progresso em 5 de governo”, buscando acelerar o desenvolvimento do país em diversos setores.

   


Senadores e Deputados Federais

Programa de Metas e Desenvolvimentismo

O principal projeto do governo JK foi o Programa de Metas, que visava modernizar a infraestrutura e a economia do Brasil por meio de investimentos públicos e privados. Juscelino consolidou a chamada política do “Capitalismo Associado ou Dependente”, onde o Brasil buscava desenvolver-se com a ajuda de investimentos estrangeiros, sem romper com a ordem capitalista global.

Essa política desenvolvimentista focou na substituição de importações, especialmente de bens de capital, como máquinas e equipamentos industriais. O governo JK incentivou a vinda de indústrias estrangeiras para o Brasil, lançando as bases da indústria naval e automobilística, além de estimular a expansão da indústria siderúrgica. Outro ponto importante foi a construção de grandes obras de infraestrutura, como rodovias e as hidrelétricas de Furnas e Três Marias, que visavam garantir a energia necessária para o crescimento industrial.

JK também foi responsável pela criação de importantes órgãos federais, como a SUDENE (Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste), o GEIA (Grupo de Estudos da Indústria Automobilística) e o GEICON (Grupo de Estudos da Indústria de Construção Naval), todos com o objetivo de promover o desenvolvimento regional e industrial.

Juscelino Kubitschek
Política Externa e Desafios Internos

No campo da política externa, Juscelino criou a Operação Pan-Americana, uma iniciativa que buscava chamar a atenção dos Estados Unidos para os problemas econômicos e sociais da América Latina. Essa operação foi precursora da Aliança para o Progresso, uma política de cooperação econômica que viria a ser promovida pelos EUA nos anos 1960, vale ressaltar que foi uma tentativa dos EUA em diminuir as desigualdades dentro do capitalismo sul-americano com a intenção, não de melhorar as vida das pessoas, mas de fazer com que o capitalismo seja menos desigual e impeça o avanço do comunismo, fato que era ampliado com a enormes desigualdades socias os países latino americanos.

Apesar dos avanços, JK enfrentou forte oposição interna, incluindo tentativas de insurreição militar, como o Levante de Jacareacanga e a Rebelião de Aragarças. No entanto, ao final de seu governo, todos os envolvidos foram anistiados, consolidando uma transição pacífica de poder.

Trabalhismo e Política Sindical

No âmbito trabalhista, o governo de JK seguiu uma política cautelosa de aumento salarial, mantendo o controle governamental sobre a estrutura sindical. O líder dessa política era João Goulart, então líder do PTB e vice-presidente, que seguia uma linha populista de apoio aos trabalhadores, Jango, era o afilhado político de Getúlio Vargas.

Construção de Brasília

Construção da Esplanada dos Ministérios em 1959.

Um dos maiores legados de JK foi a construção de Brasília, a nova capital federal do Brasil. O projeto de transferir a capital para o interior do país já estava nos planos desde a primeira Constituição Republicana de 1891, mas foi Juscelino quem efetivamente iniciou as obras. O seu antecessor, Café Filho já havia dado início a um projeto para escolher a região da nova capital do Brasil. A cidade foi projetada para integrar melhor o território brasileiro e promover o desenvolvimento da região central do país. Em 21 de abril de 1960, Brasília foi oficialmente inaugurada, simbolizando o progresso e a modernização do Brasil.

artigo 4.º do "Ato das disposições constitucionais transitórias da Constituição de 1946" que dizia:

Art 4.º - A Capital da União será transferida para o planalto central do país. § 1.º - Promulgado este Ato, o Presidente da República, dentro de sessenta dias, nomeará uma Comissão de técnicos de reconhecido valor para proceder ao estudo da localização da nova Capital. § 2.º - O estudo previsto no parágrafo antecedente será encaminhado ao Congresso Nacional, que deliberará a respeito, em lei especial, e estabelecerá o prazo para o início da delimitação da área a ser incorporada ao domínio da União. § 3.º - Findos os trabalhos demarcatórios, o Congresso Nacional resolverá sobre a data da mudança da Capital. § 4.º - Efetuada a transferência, o atual Distrito Federal passará a constituir o Estado da Guanabara.
Imagem de satélite de Brasília em 2018, mostrando a área urbana do Plano Piloto e toda a extensão do Lago Paranoá.

Problemas com a Inflação

Inauguração da Fábrica da General Motors em São José dos Campos (SP) pelo Presidente Juscelino Kubitschek, 1959

Apesar dos grandes avanços em infraestrutura e industrialização, o governo de Juscelino Kubitschek enfrentou problemas com a inflação. Os elevados investimentos públicos geraram grandes déficits no orçamento federal, o que estimulou o aumento da inflação. A política de aumento salarial, destinada a proteger os trabalhadores, acabou contribuindo para o agravamento desse cenário inflacionário.

Além disso, a tentativa de controlar a inflação colocou o governo JK em confronto com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e com setores políticos que defendiam medidas mais rígidas. No entanto, Juscelino optou por interromper as negociações com o FMI para garantir a continuidade de seus projetos, incluindo a construção de Brasília.

Apesar de seus esforços, JK não conseguiu eleger seu sucessor, deixando o governo sob um clima de incerteza econômica e política. 

Mapa Mental - Governo de Juscelino Kubitschek




Sobre:

  • Slogan de Governo: “50 anos de progresso em 5 de governo”;

  • Sistematizado um “Programa de Metas”;
    • Buscou uma melhoria qualitativa da economia;
    • Setores: Industrial, Energético e Transporte
  • Juscelino consolidou: “Capitalismo Associado ou Dependente”;

  • Politica do “Desenvolvimentismo Econômico”
    • Nacionalismo desenvolvimentista: substituindo as importações principalmente de bens de capital;
    • Incentivo as industrias de trazer equipamentos;
    • Aumento da Dívida Externa;
  • Lançou as bases da indústria naval e automobilística;
  • Grande incentivo a indústria siderúrgica, metalúrgica, petroquímica e bens duráveis;
  • Ampliou as rodovias, Obras para a construção de Furnas e Três Marias (hidrelétricas);
  • Criação de órgãos Federais:
    • SUDENE: Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste;
    • GEIA: Grupo de Estudos da Industria Automobilística;
    • GEICON: Grupo de Estudos da Industria de Construção Naval;
  • Foi o criador e promotor da “Operação Pan-Americana” precursora da Aliança para o Processo, que procurou alertar os EUA para a situação Econômica e Social da América;
  • Enfrentou forte oposição e algumas tentativas de insurreição (Levante de Jacareacanga e Rebelião de Aragarças;
    • Mas com o termino do seu governo anistiou todos;

Trabalhismo:

  • Politica cautelosa de aumento salarial;
  • Continuação do controle governamental da estrutura sindical;
  • Principal líder dessa politica era o populista João Goulart – líder do PTB

Construção de Brasília (1956 a 1960):

  • Estava nos Planos brasileiros desde 1891, desde a primeira Constituição Republicana Brasileira;

  • JK inicia as obras na região central do Brasil, buscando interligar o pais;
  • "Meta-síntese" do plano de Metas;
  • Tentativa de integração nacional - interligação;

  • Em 21 de Abril de 1960, Brasília foi Inaugurada;
  • Surgem as cidades Satélites - não planejada "Candangos";

Problemas com a Inflação:

  • Os grandes volumes de investimento público estimularam a inflação;
  • Grandes déficits no orçamento federal;

  • O aumento da dos salários elevava mais a inflação;
  • Aumento da Desigualdades sociais;
  • Emissão de papel-moeda, levou a inflação;
  • JK deu ordem de romper com a negociação com o FMI;

  • De um lado políticos anti inflacionários do outro credores internacionais, optou por terminar o projeto de Brasília;
    • Seu plano de governo não consegue reeleger um sucessor.

Benefícios do seu Governo:

  • Com as multinacionais redução do preço dos bens de consumo;
  • Construção de estradas: integração de várias regiões;
  • Política Industrial: Geração de empregos urbanos;
Problemas:
  • Não criou mecanismos de remessas de lucros, maior parte dos capitais da multinacionais foram para os países de origem;
  • Ferrovias quase todas abandonadas;
  • Pais ficou cada vez mais dependente de combustíveis e derivados;
  • Falta de politica para o Campo, enorme êxodo rural - crescimento desordenado das cidades;





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