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A Segunda Escravidão

Os escravos. Gravura de Frederico Briggs, 1845. Domínio público, Biblioteca Nacional Digital


1. Escravidão ao Longo do Tempo

    A escravidão, um fenômeno complexo e multifacetado, manifestou-se de diversas formas ao longo da história. Para compreendê-la em sua totalidade, é necessário analisar suas diferentes manifestações nas várias civilizações e épocas.

a. Escravidão Antiga

    Na antiguidade, tanto em Roma quanto na Grécia, a escravidão era uma prática comum e amplamente aceita. Os motivos principais para a escravização incluíam:

  • Guerra: Os prisioneiros de guerra eram frequentemente escravizados.
  • Dívida: Indivíduos que não conseguiam pagar suas dívidas podiam ser vendidos como escravos.

A função principal dos escravos nessas sociedades era a produção, seja em agricultura, manufatura ou serviços domésticos.

b. Escravidão Africana

    Na África, a escravidão também era uma prática disseminada entre diversos povos, motivada por:

  • Justiça: Criminosos ou prisioneiros de guerra eram escravizados como forma de punição.
  • Dívida: Semelhante à escravidão antiga, a incapacidade de quitar dívidas resultava em escravização.
  • Guerra: A captura de inimigos durante conflitos era uma fonte comum de escravos.

    A função dos escravos era igualmente centrada na produção, contribuindo para a economia das sociedades africanas.

c. Escravidão Moderna/Atlântica

    A escravidão moderna, particularmente a Atlântica, trouxe uma nova dimensão à prática: a desumanização do outro. Este período viu a transformação da escravidão em um empreendimento transcontinental envolvendo três principais agentes:

  • Europa: Buscava lucro e fortalecimento do capital financeiro através do comércio de escravos.
  • África: Fornecia os escravizados, frequentemente capturados em guerras ou sequestrados.
  • América: Servia como local de exploração, onde os escravos eram forçados a trabalhar em plantações e outras formas de produção.

2. Escravidão Moderna

a. Escravidão entre 1500 e 1800

    Durante este período, a escravidão era moralmente aceita e legal do ponto de vista da lei em muitas partes do mundo. A utilização de escravos foi um pilar econômico crucial para várias nações europeias e americanas.

b. Escravidão entre 1800 e 1888

    Este período foi marcado por uma crescente oposição à escravidão e por movimentos abolicionistas, ainda que alguns países continuassem a praticá-la.

Países Escravocratas:

  • Cuba: Baseava sua economia na produção de açúcar.
  • Brasil: Tinha a produção de café como principal atividade econômica escravista.
  • EUA (Sul): Focado na produção de algodão, defendeu vigorosamente a escravidão contra as pressões abolicionistas, principalmente da Inglaterra.

Em 1860, a Guerra de Secessão nos Estados Unidos representou um conflito direto entre o Norte abolicionista e o Sul escravocrata, culminando com a vitória do Norte e o consequente fim da escravidão. Com a derrota do Sul, o modelo nortista para a prevalecer na política do Estado estadunidense, desta forma os EUA deixam de proteger a escravidão no mundo aumentando a pressão sobre para acabar com a Escravidão no Brasil e Cuba.

Grã-Bretanha:

  • Em 1807, a Grã-Bretanha proibiu o tráfico de escravos.
  • Em 1830, aboliu a escravidão em todas as suas colônias.
  • Em 1850, o Bill Aberdeen marcou o fim do tráfico de escravos para outros países.

Países Latino-Americanos:

    Muitos países latino-americanos, ao se tornarem independentes e adotarem a república, também aboliram a escravidão.

c. Escravidão Brasileira: Especificidades

A escravidão no Brasil apresentou características particulares, o chamada "Pau de Sebo Social" refletia uma solidariedade vertical (entre classes sociais distintas) em detrimento da solidariedade horizontal (entre membros da mesma classe). Esta estrutura social peculiar influenciou profundamente as relações de poder e a organização da sociedade brasileira.

    Na escravidão que aconteceu no ciclo do café tinha um lógica e disputa entre os escravos. As ruas de café eram dispostas de uma forma que o capataz conseguia ver todos os escravizados trabalhando, conseguindo controlar o ritmo de trabalho, passando a premiar aqueles que trabalhavam melhor com um valor em dinheiro, incentivando esses a trabalharem mais, já os escravizados que trabalhavam menos, nessas ruas de café, eram punidos por chicotadas. Vale ressaltar que esse dinheiro que os mais produtivos ganharam eram insuficiente para um dia obter a compra da sua liberdade.

Mapa conceitual - A Segunda Escravidão

01)  Escravidão ao longo do tempo:

  • a. Escravidão Antiga:

    • Roma e Grécia;
    • Motivos: Guerra e Dívida;
    • Função: Produção

  • b. Escravidão Africana:

    • Entre povos Africanos;
    • Motivos: Justiça, Dívida e Guerra;
    • Função: Produção

  • c. Escravidão Moderna/Atlântica:

  • Escravidão do outro a "radicalização do outro";
  • os agentes: 
    • Europa - lucro - Capital Financeiro;
    • África - Escravizados;
    • América: Exploração;

02)  Escravidão Moderna:

  • a. Escravidão entre 1500 a +- 1800:
    • Moralmente aceita, e legal do ponto do vista da lei.
  • b. Escravidão entre 1800 a 1888:
    • Países escravocratas:
    • Cuba - Açúcar;
    • Brasil - Café;
    • EUA (Sul) - Algodão - Defensor da Escravidão frente a Inglaterra
      • 1860 - Guerra de Secessão 
        • Norte - Abolicionista;
        • Sul - Escravocrata;
          • Vitória do Norte fim da Escravidão
  • Grã-Bretanha escravocrata:
    • 1807 - fim do tráfico;
    • 1830 - Abolição da Escravidão;
    • 1850 - Bill Aberdeen - Fim do Tráfico aos demais países;
  • Países Latino Americanos:
    • Independente + República + Fim da Escravidão;
  • Escravidão Brasileira - especificidades:
    • Pau de Sebo Social - Solidariedade Vertical em detrimento da Solidariedade Horizontal 

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