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Independência da Província Cisplatina - Uruguai

     

Batalha do Juncal, óleo sobre tela (81 x 132,5 cm) de José Murature. A peleja ocorreu em 1827, no Rio Uruguai, divisa entre o Rio Grande e a Cisplatina. Domínio público
Batalha do Juncal, óleo sobre tela (81 x 132,5 cm) de José Murature. A peleja ocorreu em 1827, no Rio Uruguai, divisa entre o Rio Grande e a Cisplatina. Domínio público

A Independência da Cisplatina, atual Uruguai, foi um processo complexo influenciado por antecedentes históricos e eventos militares. Inicialmente disputada por espanhóis e portugueses desde 1680, a região foi anexada ao Brasil como Província Cisplatina após a independência do Brasil em 1822. A lealdade à coroa portuguesa persistiu devido ao empenho do presidente Álvaro da Costa e à presença da tropa portuguesa.

No entanto, em 1823, a situação mudou quando Cochrane, com uma frota, tomou Montevidéu, expulsou os Voluntários Reais e forçou a adesão ao Império. Em 1825, o desembarque dos 33 Orientais, liderados por Juan Antonio Lavalleja, marcou o início da retomada dos objetivos de Artigas. O congresso de Florida, em 1825, elegeu um governo provisório, declarou nula a anexação ao Brasil e incorporou a Banda Oriental às Províncias Unidas do Rio da Prata.

O conflito se intensificou com batalhas como Galihas e Sarandi, onde os rebeldes venceram as tropas imperiais. A guerra tornou-se impopular devido a impostos e ao recrutamento forçado, que envolveu até mercenários irlandeses e alemães. No cenário interno brasileiro, problemas logísticos e financeiros surgiram, com tropas mal equipadas e gastos exorbitantes. A imprensa militar surgiu, relatando escândalos como a inclusão de soldados mortos na folha de pagamento.

Diante da falta de recursos, D. Pedro I resolveu o problema do efetivo recrutando mercenários europeus. A guerra também gerou preocupações nas relações internacionais, com Inglaterra e França temendo prejuízos comerciais devido ao bloqueio do Porto de Buenos Aires. A Inglaterra, em particular, desempenhou um papel crucial na mediação da paz.

O conflito, que se estendeu por três anos, teve desfecho em 1828 com um tratado de paz. A Inglaterra mediou os termos, garantindo a independência da Cisplatina, que passou a se chamar República Oriental do Uruguai. O tratado também assegurou a livre navegação na Bacia do Prata por 15 anos, beneficiando o comércio inglês na região. Apesar do desgaste para D. Pedro I, os termos contribuíram para o cenário político e econômico da América Latina, marcando um capítulo importante na história regional.

Personagens de Destaque:

  •     Alvaro da Costa:

Função: Presidente e líder do esforço para manter a lealdade da Cisplatina à coroa portuguesa.

Lado: Pró-Portugal/Brasil.

  • Cochrane:

Função: Comandante naval que, com uma frota, tomou Montevidéu e forçou a adesão ao Império.

Lado: Pró-Brasil.

  • Juan Antonio Lavalleja:

Função: Líder dos 33 Orientais, desembarcou em 1825 e liderou a retomada dos objetivos de Artigas.

Lado: Pró-Independência (Províncias Unidas do Rio da Prata).

  • Artigas:

Função: Inspirador dos objetivos de independência.

Lado: Pró-Independência (Províncias Unidas do Rio da Prata).


  • Marquês de Barbacena:

Função: Comandante do Exército brasileiro na principal batalha em Passo do Rosário.

Lado: Pró-Brasil.


  • Lord Ponsonby:

Função: Ministro inglês no Rio, mediou a paz entre as partes.

Lado: Mediador neutro, mas com interesse na estabilidade comercial.


  • D. Pedro I:

Função: Imperador do Brasil, envolvido no conflito, recrutou mercenários e declarou guerra às Províncias Unidas.

Lado: Pró-Brasil.

  • Felisberto Caldas:

Função: Militar o qual solicitou uma tipografia e comandou a imprensa militar.

Lado: Pró-Brasil.

  • Simón Bolívar:

Função: Líder da independência da América espanhola, cogitou intervir na guerra.

Lado: Neutro, preocupado com os interesses da América Latina.

Linha do Tempo da Independência da Cisplatina:

1680:

  • Disputas entre espanhóis e portugueses pela região da Banda Oriental do Uruguai começam.

7 de Setembro de 1822:

  • O Brasil declara independência, e a Banda Oriental é anexada como Província Cisplatina.

1823:

  • Cochrane, com uma frota, toma Montevidéu e força a adesão ao Império brasileiro.

19 de Abril de 1825:

  • Desembarque dos 33 Orientais liderados por Juan Antonio Lavalleja, marcando a retomada dos objetivos de Artigas.

25 de Agosto de 1825:

  • O Congresso de Florida elege um governo provisório, declarando nula a anexação ao Brasil e incorporando a Banda Oriental às Províncias Unidas do Rio da Prata.

1827:

  • Batalhas como Galihas e Sarandi resultam em vitórias dos rebeldes (Províncias Unidas) sobre as tropas imperiais (Brasil).

20 de Fevereiro de 1827:

  • Batalha de Passo do Rosário, onde o Exército brasileiro se retira sem ser perseguido, favorecendo os uruguaios e argentinos.

1828:

  • Medição da paz liderada pela Inglaterra, resultando no reconhecimento da independência da Cisplatina, que se torna a República Oriental do Uruguai.

27 de Agosto de 1828:

  • Assinatura do tratado que assegura a independência e a livre navegação na Bacia do Prata por 15 anos, beneficiando o comércio inglês.

1828 (Posterior):

  • O término da guerra e os termos do tratado contribuem para o desgaste de D. Pedro I e geram desconfianças nas repúblicas latino-americanas quanto à política expansionista do Brasil.

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