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Proclamação da República brasileira

Críticas à monarquia brasileira década de 1880.
Charge de Angelo Agostino, Revista Ilustrada, 1887, domínio público

01)  Fatores:

O fim do Império no Brasil e a proclamação da República foram resultado de uma série de fatores que se acumularam ao longo do tempo. Dentre esses fatores, podemos destacar:

Primeiramente, o predomínio das novas regiões cafeeiras na economia foi um elemento crucial. O crescimento econômico impulsionado pela expansão do café gerou novos interesses e poder para os empresários dessa atividade, que passaram a buscar maior influência política e maior atendimento de suas demandas pelo governo.

Além disso, os ideais republicanos ganharam força entre aqueles que buscavam uma forma de governo baseada em uma república federativa. O desejo de descentralização do poder, com maior autonomia para estados e municípios, tornou-se uma pauta importante para os republicanos.

Outro fator significativo foi o receio de um possível III Reinado, ou seja, a restauração da monarquia após a abdicação de Dom Pedro II. Esse receio fez com que as forças republicanas se mobilizassem ainda mais para evitar qualquer tentativa de retorno à monarquia.

A queda de Napoleão III na França também teve repercussões no Brasil, influenciando a percepção política da população em relação à Monarquia. A instabilidade política e a instauração da Terceira República Francesa foram vistas como um exemplo de que a forma de governo monárquica não era mais sustentável.

Além disso, a Monarquia enfrentava um desprestígio crescente devido a diversas questões, como conflitos religiosos, insatisfação militar e a abolição da escravatura sem indenização aos proprietários de escravos.

Esses fatores combinados criaram um cenário propício para o movimento republicano ganhar força e mobilizar um grupo de militares e civis que, em 15 de novembro de 1889, proclamaram a República no Brasil. O marechal Deodoro da Fonseca liderou o movimento e tornou-se o primeiro presidente do país, dando início a uma nova era na história política do Brasil, marcada pela República.


02)  Processo:

O processo que culminou na proclamação da República no Brasil foi complexo e envolveu diversos movimentos e grupos republicanos ao longo do tempo.

No início da década de 1870, surgi os primeiros movimentos republicanos, o Clube Republicano foi um dos marcos dessa época, seguido pela fundação do jornal "A República" e a formação do Partido Republicano.

Os grupos republicanos se diversificaram e tomaram forma ao longo do processo. Os republicanos históricos, também conhecidos como evolucionistas, eram liderados por figuras como Quintino Bocaiúva. Por outro lado, os revolucionários, representados por Silva Jardim, defendiam mudanças mais radicais. Os jovens oficiais, liderados por Benjamim Constant, baseavam-se no positivismo.

Outro grupo relevante foi o dos republicanos de 13 de maio, que defendiam a abolição da escravatura sem indenização aos proprietários e se opunham à monarquia, sem um vinculo ideológico co o Movimento Republicano, são mais contrários a Monarquia do que favoráveis a República.

No governo do Visconde de Ouro Preto, houve uma tentativa de reforma para salvar a Monarquia, mas a inabilidade política do próprio Ouro Preto e a incompatibilidade com outros setores do governo acabaram exacerbando o sentimento republicano.

O Visconde de Ouro Preto.
Foto de autor desconhecido, c. 1889,
domínio público

O golpe de 15 de novembro de 1889 foi o ponto culminante desse processo. A campanha de desmoralização do governo, antecipada por boatos de Solon Ribeiro, levou a uma hesitação inicial do marechal Deodoro da Fonseca, que era visto como monarquista. No entanto, a proclamação da República foi precipitada por ações de civis envolvidos no movimento.

Assim, em 15 de novembro de 1889, a República foi proclamada no Brasil, encerrando o longo período do Império e inaugurando uma nova era na história política do país. A transição de governo trouxe mudanças significativas e moldou o Brasil em sua trajetória rumo ao futuro republicano.


03)  Conclusão:

A Proclamação da República.
Óleo sobre tela de Benedito Calixto, 1893.
Pinacoteca de São Paulo
    A transição do Império para a República no Brasil foi um momento marcante na história do país, mas não representou uma ruptura completa com o processo histórico anterior. O Brasil continuou a ser uma nação com uma economia dependente, com o setor agroexportador ainda desempenhando um papel dominante.

Durante o período imperial, os setores agrários exerceram uma influência significativa sobre o governo, e esse padrão persistiu na República, com os mesmos grupos dominantes mantendo seu poder e influência na política.

No entanto, a transição também trouxe avanços na modernização institucional do país. O sistema político evoluiu de um Estado centralizado, típico do Império parlamentarista, para um modelo federativo na República. Essa mudança descentralizou o poder, conferindo maior autonomia aos estados e municípios.

Outra mudança importante foi a substituição do sistema parlamentarista pelo presidencialismo republicano. Com a proclamação da República, o país adotou um sistema presidencial, onde o presidente se tornou a figura central do poder executivo, com atribuições significativas para conduzir a nação.

A proclamação da República, portanto, marcou uma transformação política significativa no Brasil, mas não implicou em uma ruptura completa com o passado. A economia dependente e a influência dos grupos agrários permaneceram, embora tenham sido introduzidas mudanças institucionais que moldaram o sistema político brasileiro para os anos subsequentes. Ao longo do tempo, a República enfrentou desafios e avanços, mas o legado do fim do Império ainda se faz presente nas estruturas e na trajetória do Brasil como nação.

Mapa Mental - Proclamação da República Brasileira

01) Fatores:

  • Predomínio das novas regiões cafeeiras na economia;
  • Empresários do café: o governo no atendimento de seus interesses;
  • Ideal de federação: Republicanos (república federativa);
  • Receio do III reinado;
  • Repercussão da Queda de Napoleão III;
  • Desprestígio da Monarquia, questões religiosas, militar e da abolição sem indenização;

02) Processo:

  • a. Movimento republicano (1870);
    • Clube republicano;
    • A República;
    • Partido Republicano;

  • b. Grupos Republicanos:
    • Históricos (evolucionistas), Quintino Bocaiúva;
    • Revolucionários (jardinistas): Silva Jardim;
    • Jovens oficiais (positivistas) Benjamim Constant;
    • Republicanos de 13 de maio - ;

  • c. O gabinete de Ouro Preto:
    • Reforma e tentativa de salvação da Monarquia;
    • Incompatibilidade com o governo;
    • Inabilidade política de Ouro Preto;
    • Exacerbação do Republicanismo;

  • d. O golpe de 15 de novembro:
    • Desmoralização do governo pela campanha;
    • Antecipação: boatos de Solon Ribeiro;
    • 15/11/1889: Hesitação de Deodoro (monarquista);
    • Precipitação da proclamação: Civis;

03) Conclusão:

  • Não ruptura do processo histórico brasileiro;
  • Economia dependente: setor agroexportador;
  • Grupos dominante: Setores Agrários;
  • Modernização institucional;
  • Passagem de um Estado centralizado para a Federação;
  • Substituição do Império parlamentarista pelo presidencialismo republicano;

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