01) Pecuária:
A pecuária desempenhou um papel importante na sociedade colonial, sendo uma atividade subsidiária complementar às principais atividades econômicas. Vamos explorar os tipos de pecuária, suas utilizações e principais regiões de atuação.
A pecuária envolvia diversos tipos de animais, como bovinos, mulas, equinos, caprinos e suínos. Esses animais eram utilizados para diferentes finalidades, como alimentação, transporte, força motriz e obtenção de couro.
No Nordeste, especificamente no Sertão e no Vale do São Francisco, a pecuária era predominantemente extensiva, com baixo índice técnico. Nessa região, o gado era criado solto, utilizando áreas de pastagem disponíveis.
No Sul de Minas, durante o século XVIII, a pecuária era mais desenvolvida, com técnicas superiores (se comparado a pecuária anterior nordestina). As fazendas contavam com cercados e pastos mais bem cuidados. A mão de obra escrava era utilizada, e o mercado consumidor era composto pelas zonas urbanas mineradoras. Além do gado bovino, eram criados mulas, suínos, caprinos e equinos.
Nos Campos Gerais, localizados no interior de São Paulo e Paraná, a produção pecuária era voltada para atender à região mineradora. A mão de obra era livre e a atividade era constituída principalmente por tropeiros, que realizavam o transporte de animais.
No Rio Grande do Sul, a pecuária contava com mão de obra livre, além do uso de escravos e indígenas. A produção se concentrava na produção de charque, sendo criados gado bovino, mulas, equinos e ovinos.
01) Atividade Subsidiária (complementar)
Essas diferentes regiões e suas peculiaridades na pecuária colonial refletem as necessidades e as características de cada local. A pecuária desempenhou um papel importante na economia colonial, fornecendo alimentos, meios de transporte e outros produtos essenciais para o desenvolvimento das colônias.
A atividade pecuária desempenhou um papel crucial durante o ciclo do ouro no Brasil colonial, atuando como uma atividade subsidiária que contribuiu para o desbravamento, conquista e povoamento do interior do país. Inicialmente concentrada ao redor dos núcleos de colonização oficial, como Salvador e Olinda, a pecuária expandiu-se para áreas mais distantes à medida que os rebanhos cresciam.
A Carta Régia de 1701 foi um marco importante, criada pelo então governador Geral do Brasil, a Carta proibindo a criação de gado em uma faixa de dez léguas da costa, restringindo essa área para o desenvolvimento e produção de cana-de-açúcar o que impulsionou a migração, tanto do gado como das pessoas, para o interior, primeiro para o Agreste e depois para o Sertão. As primeiras migrações partiram da Bahia em direção ao "Sertão de Dentro", ao longo da margem esquerda do Rio São Francisco, e posteriormente alcançaram o "Sertão de Fora", abrangendo o litoral da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
O processo de ocupação do interior não foi pacífico, com o Governo-Geral recorrendo aos Bandeirantes para tomar posse das terras dos indígenas. Esse movimento resultou na formação de fazendas de gado, com povoados e populações dispersas ao longo do território. O Vale do São Francisco destacou-se como uma região de melhor adaptação para o gado, ficando conhecido como "rio dos currais".
Vida no Sertão (fazendeiros de gado e vaqueiros)
A vida no Sertão era caracterizada pela criação extensiva de gado, com fazendeiros e vaqueiros desempenhando papéis fundamentais. Cada fazenda possuía extensas áreas de terra, geralmente sem cercas, eram extensão de terra com 3 letras de extensão por 1 légua de largura, como não tinham cercas essas propriedade tinha 1 légua entra elas, para separa-las. As instalações eram simples, incluindo pequenas casas cobertas de palha e currais. A mão de obra era reduzida, composta por vaqueiros e seus auxiliares, conhecidos como "fábricas".
Os vaqueiros eram responsáveis por dirigir a fazenda e cuidar do gado, enquanto os "fábricas" realizavam diversas tarefas, como amansar, ferrar e curar os animais, além de manter roças para subsistência. Esses trabalhadores, que incluíam índios, mamelucos, mestiços e negros libertos, enfrentavam uma vida difícil, com pouca variedade alimentar além de carne e leite.
A pecuária nordestina abastecia a região açucareira, com boiadas percorrendo o sertão em busca dos centros de consumo. A princípio fornecendo o gado como força motriz, com o passar do temo passou a fornecer o couro que também passou a ser um produto importante enquanto sola, ou utilizado para diversos fins, desde embalar o fumo até confeccionar roupas e utensílios.
Vida Difícil:
Abundância só de carne e leite. Usavam o leite coalhado ou como queijo, apenas para o próprio consumo, sem comercializar o produto voltada para o consumo local. A farinha de mandioca, legado dos indígenas, juntou-se à carne, originando a paçoca, ainda hoje consumida pelos vaqueiros. Essa era a base da comida desses vaqueiros e "fábricas".
De tempos em tempos boiadas de 100 a 300 cabeças eram levadas até a região açucareira, principalmente Bahia e Pernambuco, levadas para os centros de consumo, enquanto força motriz. Carne-seca, também chamada carne do ceará, que se tornou um dos produtos mais importantes do comércio interno da colônia, passando a diversificar a economia relacionada a pecuária no interior e aumentando a interação entre o interior e o litoral.
O couro, subproduto, passou a ser exportado sob a forma de solas e servia também para embalar o fumo destinado à exportação. O couro passou a ser usado para tudo que cercava os vaqueiros: a porta das cabanas, leitos, cordas, cantil, alforje, mochila, bainhas de faca e até as roupas com que enfrentavam a caatinga.
As Charqueadas:
Provavelmente a primeira foi criada em 1780 pelo cearense José Pinto Martins, nas margens do Rio Pelotas.
Instalações simples: um galpão onde se preparava e salgava a carne e dos secadores ao ar livre.
Séc. XVIII - Charqueadas chegaram ao Rio Grande do Sul, que foi integrada ao comercio da colonia principalmente no ciclo do ouro;
O sistema na estância também é extensivo: nas mangueiras o gado é manso; nas vacarias, bravo e sem dono.
No RS o uso de escravos foi utilizado - Considerado "inferno dos negros";
Exportava para o Rio de Janeiro, Bahia e até para Havana (Cuba)
Os caminhos de gado foram abertos por todo o Brasil, no futuro o local onde as ferrovias serão criadas
Os caminhos de gado abertos durante esse período desempenharam um papel fundamental na integração do território brasileiro, antecipando o surgimento das futuras ferrovias. Assim, a pecuária durante o ciclo do ouro não apenas sustentou a economia colonial, mas também desempenhou um papel significativo na ocupação e integração do interior do país.
02) Drogas do Sertão:
Durante o período colonial, a exploração do sertão brasileiro foi marcada pela evangelização (jesuítas) que aprendendo com os indígenas passaram a explorar as chamadas drogas do sertão, termo utilizado para descrever plantas e substâncias com propriedades medicinais e comerciais. Vamos explorar as regiões de ocupação relacionadas a essas drogas.
Essas chamadas drogas do sertão eram encontradas em diferentes áreas do Brasil colonial. Algumas delas estavam localizadas junto aos aldeamentos, onde a presença de populações indígenas era significativa. Os padres jesuítas, responsáveis pela catequização dos indígenas, utilizavam produtos derivados das drogas do sertão como fonte complementar de recursos, vendendo-os para obter renda.
Além dos aldeamentos, as regiões de ocupação das drogas do sertão estavam espalhadas pelo Brasil colonial de forma mais ampla. Eram plantas medicinais, tinturas, resinas e outros produtos naturais valiosos. Essas produtos eram utilizadas tanto para fins medicinais quanto para o comércio, sendo enviadas para a metrópole europeia como parte do comércio colonial.
A exploração das drogas do sertão representava uma busca por recursos naturais e conhecimentos tradicionais indígenas. Essa atividade contribuiu para a ocupação de territórios no sertão brasileiro, além de ter desempenhado um papel importante na economia da época.
Essas regiões de ocupação relacionadas às drogas do sertão evidenciam a importância dos recursos naturais e do conhecimento indígena na história do Brasil colonial. A exploração dessas substâncias revela a complexidade das relações entre as populações indígenas, os padres jesuítas e os colonizadores, assim como o valor econômico e medicinal atribuído às plantas e substâncias encontradas no sertão.
03) Agricultura de subsistência:
A agricultura de subsistência foi uma prática difundida pelo Brasil colonial, espalhada por diversas regiões do país. Vamos explorar suas características principais.
A agricultura de subsistência não estava voltada para a exportação, sendo destinada principalmente ao consumo local. Essa prática era comumente adotada por pequenos e médios proprietários, que cultivavam suas terras visando suprir as necessidades básicas de suas famílias.
A mão de obra empregada na agricultura de subsistência era essencialmente livre, envolvendo a população mestiça. As famílias trabalhavam em suas próprias terras, produzindo alimentos para consumo próprio e para a comunidade local.
A produtividade da agricultura de subsistência era geralmente baixa, pois não se investia em técnicas avançadas ou em grandes extensões de terra.
Em algumas grandes propriedades, os escravos eram alocados ou em alguns casos receberam o "direito" para trabalhar na agricultura de subsistência durante seus dias de folga. Os escravos podiam cultivar alimentos para consumo próprio ou para trocar por outros produtos.
Os principais cultivos da agricultura de subsistência incluíam mandioca, batata, cará, arroz e inhame, entre outros alimentos básicos. Essa produção local abastecia tanto as necessidades das famílias nos engenhos quanto dos centros urbanos próximos.
A agricultura de subsistência desempenhava um papel importante na garantia da alimentação básica das comunidades locais, fornecendo uma base para a sustentabilidade alimentar das famílias coloniais.
Mapa Conceitual
J. Batiste Debret, Campeiros dos Pampas, SP, Biblioteca Municipal |
Pecuária:
- Atividade Subsidiária (complementar)
- Tipos:
- Bovino, Muar, Equino, Caprino e Suíno;
- Utilização:
- Alimentação;
- Transporte;
- Força Motriz;
- Couro;
- Principais Regiões:
- Sertão do Nordeste e Vale do São Francisco:
- Pecuária extensiva;
- Baixo índice Técnico;
- Sul de Minas, século XVIII:
- Técnicas superiores;
- Fazendas com cercados;
- Pastos mais bem cuidados;
- Mão de Obra Escrava;
- Mercado Consumidor: Zonas Urbanas Mineradoras;
- Gado, muar, suíno, caprino e equino;
- Campos Gerais (interior de SP e PR):
- Produção para a Região Mineradora;
- Mão do Obra livre;
- Constituída por tropeiros;
- Rio Grande do Sul:
- Mão de Obra Livre, escravos e indígena;
- Produção de Charque;
- Gado Bovino, Muar, equino e ovino;
https://atlas.fgv.br/marcos/caminhos-do-gado/mapas/o-nordeste-da-cana-e-do-gado-no-seculo-17, consultado dia 28/09/21 |
Atividade Subsidiária (complementar)
- Responsável: Desbravamento, conquista e povoamento do interior do Brasil;
- Primeiros Núcleos: Colonização Oficial
- Ao redor de Salvador e Olinda;
- Currais eram próximos ao engenho, com o crescimento dos Rebanhos passa a ocupar áreas mais distantes;
- Carta Régia de 1701, proibiu a criação numa faixa de dez léguas da costa;
- Migraram para o Agreste
- Depois Sertão;
- Da Bahia chegaram ao "Sertão de Dentro", margem esquerda do Rio São Francisco, chagando a capitania de Pernambuco (Atuais PI, MA e CE);
- Expansão de Pernambuco chegou ao "Sertão de Fora" ou seja, litoral da Paraiba, do Rio Grande do Norte e também Ceará;
- Final do XVII - interior desbravado e ocupado - ocupado por Fazendas de Gado;
- Povoados e populações pequenas, mais ou menos de forma contínua;
- Vale do São Francisco com seus Barreiros de Sal - Local de melhor adaptação do Gado, São Francisco conhecido como "rio dos currais";
- Ocupação não pacífica - Governo-Geral recorreu aos Bandeirantes para tomar a posse do terrítório dos indígenas - Alguns tornaram-se fazendeiros como Domingos Jorge Velho;
- Os contatos entre o sertão e o litoral tornaram-se esporádicos, ocorrendo apenas em determinadas épocas do ano, por ocasião das feiras de gado.
- As feiras reuniam criadores e comerciantes e deram origem a núcleos de povoamento, como Feira de Santana, na Bahia, Pastos Bons, no Maranhão, e Vila da Mocha, atual Oeiras, no Piauí.
- Novo tipo de colono - Fazendeiro de gado;
- Criação Extensiva, seminômade e quase autárquica;
- Em média, cada fazenda possuía três léguas de comprimento por uma de largura, sem cercas e separadas por uma légua de terras que permaneciam sem donos.
- Havia uma grande concentração de terras nas mãos de poucos;
- Montar uma fazenda não exigia grandes investimentos.
- Instalações simples
- Uma pequena casa coberta de palha, currais e algumas cabeças de gado.
- A mão de obra era reduzida. Era formada pelo vaqueiro e seus auxiliares, "os fábricas".
- O proprietário, em geral, morava longe, às vezes em seu engenho no litoral, e mantinha pouco contato com sua propriedade.
- O vaqueiro dirigia a fazenda, recebendo um percentual das crias ao final de cinco anos.
- Os "fábricas", subordinados aos vaqueiros, cuidavam dos rebanhos e mantinham roças para sua subsistência:
- Amansa, ferra, cura bicheiras (durante a vaquejada anual), queima o pasto, mata cobras, morcegos, onças, abre cacimbas (poços).
- Recebiam, às vezes, uma pequena remuneração anual.
- Eram homens livres, índios, mamelucos, mestiços e negros libertos.
- Houve poucos trabalhadores escravos na atividade pastoril nordestina.
- Vida Difícil:
Abundância só de carne e leite. Usavam o leite coalhado ou como queijo, apenas para o próprio consumo, sem comercializar o produto.
A farinha de mandioca, legado dos indígenas, juntou-se à carne, originando a paçoca, ainda hoje consumida pelos vaqueiros.
- Região pastoril do Nordeste abastecia a região açucareira, principalmente Bahia e Pernambuco.
Boiadas de 100 a 300 cabeças percorriam o sertão em busca dos centros de consumo.
Carne-seca, também chamada carne do ceará, que se tornou um dos produtos mais importantes do comércio interno da colônia.
O couro era exportado sob a forma de solas, e servia também para embalar o fumo destinado à exportação.
O couro era usado para tudo o que os cercava: a porta das cabanas, leitos, cordas, cantil, alforje, mochila, bainhas de faca e até as roupas com que enfrentavam a caatinga.
Drogas do Sertão:
- Regiões de ocupação:
- Junto aos aldeamentos;
- Produtos vendidos pelos padres como fonte complementar;
- Espalhados pelo Brasil Colonial;
- Regiões de ocupação:
2 Motivos para o inventivo das Drogas do Sertão;
Perca de Portos Asiáticos de especiarias;
Forma de colonizar o Vale Amazônico;
- Eram especiarias extraídas da região Amazônica que tinham diferentes usos, como remédio, tempero, corante, óleo e selador.
Conhecida pelos colonizadores através do contato com os povos originários;
Junto aos aldeamentos;
Produtos vendidos pelos padres como fonte complementar;
Espalhados pelo Brasil Colonial;
Explorada a partir do século XVII na região amazônica;
Eram eles alimentos, temperos e remédios;
Cacau, Cravo, Urucum, Baunilha, Anil, Castanha-do-pará e Pequi;
Vendidos na colônia ou Europa (alto valor)
Cacau:
- Especiaria mais lucrativa;
- O comércio tornou-se uma renda importante para Portugal;
- Passou a ser cultivada oficialmente no Brasil em 1679;
- Padres Jesuitas passaram a cultivar a planta;
Guaraná:
- O guaraná, espécie desconhecida na Europa
- Era plantado e domesticado pelos indígenas saterés-mawés muito antes da chegada dos colonizadores.
- Era usado como antídoto para venenos, para tratar diarreia, enxaqueca e, sobretudo, como estimulante.
- Coube aos jesuítas o primeiro registro histórico do guaraná, na segunda metade do século XVII, na região dos rios Madeira e Tapajós.
O óleo da copaíba:
- Produto exportado para a Europa.
- Propriedades medicinais eram muito conhecidas pelos indígenas, que o usavam como cicatrizante em diversos tipos de feridas e até no umbigo dos recém-nascidos.
- Eles teriam aprendido observando os animais que, uma vez feridos, costumavam se esfregar no tronco dessa árvore para se curar.
- Essa droga ficou conhecida logo pelos primeiros europeus que chegaram ao Brasil e propagandearam nos seus escritos o poder de cura da planta.
Japecanga:
- Exportada graças a seu poder de cura foi a salsaparrilha, conhecida pelos indígenas como japecanga.
- Folhas e frutos como condimento na culinária, mas também o remédio, extraído de suas raízes, com propriedades depurativas e diuréticas.
- Os europeus passaram a usá-lo para reumatismo, febres e, principalmente, contra a sífilis, o que tornou essa droga um sucesso de exportação.
- Os portugueses a chamavam de raiz da China pela semelhança com a espécie chinesa.
Urucum:
- Fruto usado pelos europeus como corante e condimento, substituindo o açafrão.
- Esse arbusto, hoje domesticado, sobrevive em grande quantidade e é exportado para a indústria de cosméticos.
- Espalhados pelo Brasil:
- Não ligado a Exportação;
- Pequenas e médias proprietárias;
- Mão de Obra: Essencialmente livre, produzido pela população mestiça;
- Pequena produtividade;
- Baixa Renda;
- Nas Grandes propriedades: Os escravos passaram a produzir esse tipo de agricultura no dia de folga, como uma forma de resistência, conseguindo o que queriam;
- Produção: Mandioca, Batata, Cará, Arroz e Inhame;
- Fornece aos Engenhos ou centros urbanos;
Tabaco:
- Planta Nativa da América - Principal área de produção - Bahia;
- Cultivado no Reconcavo Baiano desde de o Séc. XVI;
- Pequenos produtores brancos ou até mulatos, não supera o 3 escravizados;
- Destinada ao mercado europeu, mas também para África - moeda de troca para escravizados (Costa da Mina e Bahia);
Algodão:
- Planta Nativa da América - utilizada pelos indígenas antes da chegada dos Europeus;
- É Plantada de São Paulo ao Pará - voltada para o consumo;
- É uma lavoura familiar de até 10 escravos, no futuro fazendas de até 300 escravos (indígenas e africanos);
- Técnicas rudimentares - pos séc. XVIII - uso de rudimentares descaroçadores;
- 1760 - passou a ser vendido para a Europa regularmente
- Região produtora - Capitania do Maranhão.
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